O tom que eu trago em meu peito,
E me faz satisfeito,
Incorporo no som,
Sai também em minha poesia,
Que estranha ironia,
Não sei se é dom.
Só sei que me vem de um nada
Sem nota ensaiada,
Só basta tocar.
É tão forte, palpita em meus dedos,
Vibrações e segredos
Ou a desenhar.
Eu não toco, escrevo ou canto,
Nem desenho, no entanto,
Me vem a calhar
Que a verdade é que eu sou artista,
Um equilibrista,
Entre o fazer e o sonhar.
O que sou é só inspiração,
Sentimento e paixão,
Que me vêm transbordar.
-