Existe a fera
Quando toca
Quando grita
Não avisa
Quando o passo
Não tem hora
E o compasso
Vai embora
Sem o príncipe
Enlatado
O retrato
Emoldurado
E já corre
Já se solta
Já se grita
Urra, agora
Ele distorce
Em distorção
E desafina
Cospe fogo
O passo faz
Tremer o chão
O vento sopra
O desafogo
Já não há
Vampiro bobo
Agora o príncipe
É um lobo.
-
Meu Deus, preciso
Clarear
Tão rude som,
Não me calar
Fazer ver luz
Tão forte seja
Iluminar
Minha peleja.
Meu Deus, sou príncipe
Enlatado
E tenho a Ti
Sempre ao meu lado
Ah, Deus, sou príncipe
Sem leito
Com uma fera
Em meu peito.
Desconheço,
a fera,
então.
Tão quanto
príncipe,
ou coração.
-
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