domingo, 10 de abril de 2011

Tom, por Orpheus

O tom que eu trago em meu peito,
E me faz satisfeito,
Incorporo no som,

Sai também em minha poesia,
Que estranha ironia,
Não sei se é dom.

Só sei que me vem de um nada
Sem nota ensaiada,
Só basta tocar.

É tão forte, palpita em meus dedos,
Vibrações e segredos
Ou a desenhar.

Eu não toco, escrevo ou canto,
Nem desenho, no entanto,
Me vem a calhar

Que a verdade é que eu sou artista,
Um equilibrista,
Entre o fazer e o sonhar.

O que sou é só inspiração,
Sentimento e paixão,
Que me vêm transbordar.

-