sábado, 26 de dezembro de 2009

Let the seasons begin!

Quando estou sozinho, você aparece na minha cabeça. Quando as luzes apagam eu só vejo você. Quando estou sozinho, no banheiro, e antes de dormir, você vem esquentar meus sonhos e devaneios. Você me espera na minha cama e dorme no meu abraço. Quando estou com medo, o pensamento de você me dá coragem. Quando estou cansado, seu rosto em minha mente me dá vontade. Quando estou triste, eu ouço sua voz num sopro de vento imaginário, vejo seus cabelos esvoaçando como fogo no meio de uma noite de drama, e sinto sua mão tocar meu rosto. Quando não há ninguém perto, eu fecho o olhos e finjo que você está ali, logo o frio corre minha espinha.
Eu vejo, repetidamente, sem parar tua figura ao meu lado sorrindo e fazendo perguntas inúteis, sua pele brilhando no escuro, seus lábios finos sem ter o que dizer. Eu sonho com você corada, como saída de uma corrida. Eu sonho uma estrada à noite. Toda a pureza do mundo só me lembra você. Você está sempre deslumbrante, independente da hora. Você sempre cheira ao paraíso, mesmo quando está suada.

Você me aparece em qualquer hora, qualquer momento. Passo eu, então, mais tempo a dormir do que acordado, pois quando durmo posso sonhar com você. Como sempre, todas as noites, acontece. E quando acordo, sinto você indo embora, por isso detesto as manhãs.

Pensei em você todos os dias da minha vida, até quando não te conhecia.
Eu sempre a assusto com minhas declarações fogosas, e te entedio com minha falta de ação... Assim sou eu, ou tenho sido, e contra isso tenho lutado. Acho que sonhei tanto com você que descartei de minha mente qualquer possibilidade maliciosa ou erótica que incluísse você. Com todas as outras sim, mas nunca com você. Talvez seja essa o problema... Prometo resolvê-lo.
É verdade, passei por periodos de extrema carência que nem vêm ao caso, e agora percebo que o culpado sempre fui eu, pois você esteve sempre ali esperando. Eu nunca fiz nada porque nunca tive maturidade pra isso. Nem agora a tenho. Sou extremamente forte, indestrutível e destemido pra todo o resto, mas esse é o meu ponto fraco, prometo trabalhar.
Por esse motivo sempre me imaginei a conquistando pelos meus pontos fortes, te protejendo de assaltos, aparecendo pra salvá-la, quebrando tudo com golpes de Bruce Lee e resgatando a mocinha no final. Você sempre observou meus devaneios quieta e sem entender nada, às vezes me achando até grosseiro e violento.

Eu queria ser herói, derrotar batalhões. Mas o herói nunca teve coragem de beijar a mocinha.

Pude compreender isso e várias outras coisas. Agradeço a meu tempo solitário minhas reflexões e a meu tempo sociável minha determinação e meus sonhos.
São extremamente estranhas e entediantes minhas visões românticas, e acho que realmente é esse o amor mais puro de sentir. Tanto sonhei... Que me afoguei.
Quando se conhece alguém, e não a vê por algum tempo, ficam-se criando expectativas, e quando se começa a chegar mais perto, se vê que essas expectativas eram em vão. Bem, eu posso dizer que depois de anos, minhas expectativas nunca chegaram nem perto do que agora tenho visto.
Bom, mas você não é nem um pouco romântica, né? O que fazer? eauheuhea
Jogo fora tudo isso, aliás é perda de tempo.

O que eu realmente tenho a dizer, é que a gente realmente vai dar certo. Você vai me conhecer de verdade agora, pois você só conhece o cara calmo, tímido, doidinho e de poucas palavras. Conheça então meu lado forte. Conheça meu lado que ferve como lava quente.
Eu não venho para dar errado, tudo vai ser perfeito. Você vai estar ao meu lado e eu vou te mostrar muita coisa.

Mas também digo que não vou a esperar, mesmo estando só, meus objetivos vão além de mim ou você. Você não viu nem a ponta do ice-berg.

-

não existe nada mais parecido com a gente do que essa música.
E o engraçado foi quem me mostrou ela.

João e Maria

Agora eu era herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

-

PS: Não aguento mais post assim. É o último, de verdade.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Um Novo Luar, por Orpheus

Se teu beijo me fizer morrer
Máta-me com ternura
Mas se mesmo assim eu não perecer
Ama-me com fervura

Pois melhor é morrer em teus lábios.
Na confusão dessa noite a crescer
Que viver no eterno descaso
De vagar no prazer e a beber

Ah, não quero as estradas lá fora
Nem cinco estrelas do frio matador
Nem que de mim se façam histórias
De dragões, lobisomens e dor

Eu só quero, amor, o teu descanso
Aos teus braços me lanço
Esqueço outra qualquer

Pois contigo venço batalhões
Mas me fraquejas os tendões
Sem um toque sequer.

-

por Orpheus.

sábado, 24 de outubro de 2009

Os anjos ainda fraquejam quando você passa.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Your fingertips trace down my scars
Your lips touch me and take me far
No wonder why it's been like this
Your eyes shine bright, reflect the light

I love the way you move
The way you bite your lips and stare my eyes
I love it when you hug me
And when you show me that you're mine.

-

por Orpheus

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

" - Man, is she pretty!
- For real, pretty is a human measure, and I don't think human measures can be applied to her."

Do Lado Errado Desta Mesa

"He's so lost,
You're so lost."

Do outro lado desta mesa
Ele segura a tua mão
Enquanto estou à sua frente
Só e puxando o ar em vão

Esse rapaz, amor
Está perdido com certeza
E eu também estou
Do lado errado desta mesa

Ele toca teu nariz
O teu queixo e tua boca
Daqui eu sinto teu perfume
Daqui eu ouço tua voz rouca

Ele chega te beijando
Te tratando como lixo
O que fizeste, querida?
E eu, o que fiz pra ver isso?

Este rapaz, minha querida
Está perdido, com certeza
E eu também estou
Do lado errado desta mesa.

-

por Orpheus

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Even Though

Love, I got fur
Even though, you take my hand
And I got claws
Even though, you see my soul


I got deep eyes
Even though, you go through them
And I got strenght
Even though, you'll hug me again


I have sharp teeth
Even though, you kiss my lips
I used to howl
Even, though, you sing to me


I've some strange stuff
Even though, you keep me here
I am a wolf
Even though, you're here with me.


-


por Orpheus
Poema de Alvaz, o Lobo
http://contosparalelos.blogspot.com/2009/05/contos-do-kannon-o-lobo.html

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Meu Serafim

De quem é este cheiro,
Que já sinto desde a rua?
Mal cheguei, e já sei quem
Essa presença, eu sei que é sua

Mas que cheiro, meu amor
Tão estranho dizer isso!
Me controle, por favor
Tua essência é um vício!

Mas que cheiro, minha amada!
Me controle, por favor!
Mas a mão que seguravas
Dividia outro calor

Eu estava ao teu lado
Que sorriso encantador!
Ele veio à minha frente
E descarado te beijou!

Minha querida, mais que dor!
Já não soube o que fazer
Eu não posso entender
Minha querida, mas que dor!

Tua voz rouca e tão baixa
Teu olhar de sono ingênuo
Tua pele, neve pura
Teu andar tão calmo e lento

Tua boca tão pequena
Tuas bochechas tão rosadas
Teus cachos vivos e fortes
Teu queixo, tão fino e nobre

Cruze os braços mais uma vez
Meu anjo, me deixa ouvir a tua voz
Amor, teu sorriso, quem fez?
Meu Serafim, lá dentro de mim, vai haver sempre um "nós".
-
por Orpheus

Princesa Minha

Joguei fora meu poema
Pra bem longe do meu ver
Não esquecido foi, pois nele estava
O quanto eu amava você.
Lá te vais, princesa minha!
Me deixando a morrer

Levaste junto a esperança
De mãos dadas lá estavas!
Só me resta a lembrança
De teu perfume enquanto falavas
Quão bom teu cheiro em minhas vestes
Que por meses eu nem lavava!

Quão lindos eram teus olhos
Reluziam sem piscar
Como foi sempre fascinante
Encarar o teu olhar
Minha alma arrepiava
Frente a frente, sem falar

Quão belos eram teus cachos
Que teu rosto pálido emolduravam
Quão profundos teus abraços
Que por motivos simples a mim chegavam
Mas que olhos apertados,
Que sorriso delicado!

Abstenha-se do mal
Por onde vais prosseguir
Pois como ti não há igual
Que pureza radiante de ti!
Talvez, quem sabe no final
Me farás novamente sorrir!

-

por Orpheus

Branca Neve

Que você quebrou
Quando me teve aqui perto
Com seus olhos tão lindos
Um sorriso aberto
Você ri do meu riso
Enquanto eu te observo quieto

Que os teus olhos apertados
Não chorem de solidão
Que teus lábios tão rosados
Não traiam teu coração
Que tuas mãos tão delicadas
Se preservem de outras mãos!

Não se deixe assim frustrar
Pelo palor da solidão!
Olhes o que estás fazendo
Se tens amor a este varão
Larga a mão desse canalha,
Que não merece a tua mão!

-

por Orpheus

Teu Rosto

Desenhei o teu rosto
Em minha partitura
Enquanto eu tocava
Tua face me olhava
Eu te admirava
Me enchia de amor

Teu olhar me encarava
Cheio de ternura
Teu lábio sorria
Minha testa franzia
Enquanto eu cantava
Pra te agradar.

-

por Orpheus

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

"É loucura, meu anjo, é loucura
Os amores por anjos... bem sei!"
Álvares de Azevedo

O Anel, parte dois - Canção de Dor / Por Orpheus

Pequena cristã
Um brilho no olho
Não esperou um dia
Não a vi de novo
Só com cara de sono
Se afastando de novo

Aceitastes o anel
E ele o pôs em seu dedo
O que me resta, querida?
O que me restou mais cedo?
Vais casar, minha amada!
Se cumpriu o meu medo!

Mas que espanto, amor
Pára o meu coração
Do jeito que fazes, é melhor
Que me envenene, mais rápido, então
Tua voz e teu canto são só
Lembranças que em mim ficarão.

Quem me dera cancelar
Este teu casamento
Quem me dera te amar
Ter o teu acalento

Hoje casas
Amanhã tens filhos
Adeus, meu amor!
Não pude impedí-lo!

-

Por Orpheus.


I just ask God to bless you.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O amor mais puro de sentir.. Meu amor...
É o que eu sinto por você.

-

Como um lírio entre os espinhos, assim é minha amada entre as outras mulheres.
Mostre-me seu rosto; deixe-me ouvir sua voz; pois sua voz é suave, e o seu rosto é lindo.
Como você é linda, minha querida, como você é perfeita!
Desvie seus olhos de mim, pois eles me perturbam.
Pode haver sessenta rainhas, oitenta concubinas e muitas moças, mas amo somente uma: aquela que é perfeita.
Todas as mulheres olham pra ela e dizem: "Quem é esta que parece o nascer do dia, que é bela como a lua, brilhante como o sol, impressionante como estes dois, e luminosa como o céu cheio de estrelas?"

Cântico dos Cânticos, por Salomão.

sábado, 29 de agosto de 2009

Something, por Orpheus

Well, I got something
Something else in mind

The kind of something sets your soul a light

Can you hear?
I'll shout out loud this time

Things in the past I thought were out of sight

He planned all this long before, all this long before, all this long before
You've got so lost on your own, so lost on your own, so lost on your own
Asking why

Found something to end up all this fight
Found something to end up all this night
Found something to end up all this fight
Found someone to end up all this night

Found someone to end up all this fight
Found someone to end up all this night

Now you're my Lord, now you're my Lord
Now you're my Lord

Now you're my Lord, now you're my Lord
Now you're my Lord

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Anel, por Orpheus

Não aceites o anel
Quando ele o puser em seu dedo
Em seu pomposo veículo
Não o aceites tão cedo
Sabes que minha juventude
Anda em conjunto com meu medo

Não! O anel é o sinal
Do eterno e doloroso adeus
Não gelarei ao seu sorriso
Não focarei os olhos teus
Não tocarei a tua face
Não te apresentarei aos meus

Tão embassada é a lembrança
Dos teus olhos a fitar
Pra onde foi a esperança
Que ganhei ao te ouvir cantar?
Mas que canto mais sublime!
Fez minha alma desmanchar

Ressecados os teus lábios
Congelado meu olhar
Nos olhos os teus cabelos
Atenção em um violão a tocar
Teu sorriso sem defeitos
Teus acordes a soar

Um longo corredor
Lá se vai você enfim
Com o violão nas costas
Se afastando de mim
Vais embora pro seu carro
Vais embora, pra longe de mim

Pequena cristã
Um brilho no olho
Não esperou um dia
Não a vi de novo
Só com cara de sono
Se afastando de novo

-

por Orpheus

sábado, 25 de julho de 2009

João 14

Jesus, ao se despedir de seus discípulos.

1 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
5 Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
13 E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
17 O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
19 Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis.
27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não a dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Souvenir, por Orpheus

-

Engraçado que diga isso
Agradeço sua falta de atenção
Há tempos que afasto sua tristeza
Há anos que não tenho a intenção
Quanto tempo se foi desde que a clareza
Com que falei acalmou seu coração?

Engraçado que fale assim
Quanto tempo por você estive só?
Quanto tempo ouvi quieto suas propostas?
O quanto vi minha garganta dar um nó?
Quando cobri suas tristezas tão expostas,
Estava a seu lado e te fiz sentir melhor

O valor foi dado a mim
De souvenir de coleção
Eu só sou chamado em horas
Que te aflige o coração
Mas já é hora de ir embora
O souvenir de coleção.

-
por Orpheus

quarta-feira, 15 de julho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Nos tempos atuais existem duas classes de lutadores.
A classe do Artista Marcial e a do Atleta Marcial. A primeira vista parecem a mesma coisa; mas há muita diferença.
O artista marcial visa em treinos a eficiência da arte em combates reais, onde não há regras a e vida muitas vezes está em jogo.
A outra categoria, a do atleta marcial, busca mais os campeonatos, onde as regras são preestabelecidas e estão em jogo troféus e fama.
O artista marcial treina para sentir-se bem física, mental e espiritualmente.
O atleta marcial preocupa-se em ser o melhor de sua academia; quer ganhar as competições e impressionar aos demais.
Realmente há muita diferença entre ambos.
O artista marcial sabe que se participar de um campeonato poderá não vencê-lo, mas isso não o afeta, pois está ciente de seu valor e capacidade em defesa pessoal real.
O atleta marcial pensa que, por vencer campeonatos, irá sempre sair-se bem em luta real.
Lembre-se: nem sempre quem ganha um campeonato é realmente o melhor.

(D'URBANO, Francisco. BRIZOLA, Milton. Kung Fu Mudjong, Aplicações e Técnicas. Ediouro)

sábado, 16 de maio de 2009

Rosas e Margaridas na Ruína, Orpheus

O quanto corri, querida
Quantas noites acordei
Quanta luta passou despercebida
Quantas quadras eu andei
Aguentando a ferida
Do beijo que eu não dei

O quanto procurei
Correndo atrás de você mesma
Por tantos lugares passei
Nisso ganhei uma certeza:
Sem você nunca terei
Nada mais que minha tristeza

Havia garotas bonitas
E música boa
Há janelas abertas
E um violão que soa
Mas nos olhos há saudade
Que o passado entoa

Sentença de morte foi o momento
Que a conheci, minha querida
Mas foi este sentimento
Que me trouxe para a vida
Numa ruína tão cheia de flores
E havia uma grande margarida

Te segurava sem saber
Do amanhã que aguardava
Deixei a rosa florescer
Enquanto a flor do amor murchava

A do Imortal, Orpheo

Não vai dar
Ah, querida, não vou nem tentar
Uma canção a tocar em vão
Nem à noite percebeu

O vento sopra as folhas a girar
Quando o céu já não me faz lembrar
E as estrelas acima a enfeitar
A noite chega como um véu

Enquanto o sol estiver aí
De nada vai servir
O tempo voa como se não
Como um pedaço de algodão

Tem um vampiro
Esperando na porta
Corro, que a noite
Ao clarear é morta
E quando se vai
A canção do luar
Já não sou ninguém

-

Andei trabalhando mais em músicas em português, vai que qualquer dia ficam boas.

quinta-feira, 14 de maio de 2009


"Whenever I'm in trouble, my hero will come and rescue me... I want to at least experience that once."



Sinto muita falta disso.
And this was when I felt,
Now go and run away,
hide, slide away.

domingo, 3 de maio de 2009

Códigos

Código de Cavalaria(Távola Redonda, Ciclo Arturiano)

1 - Buscar a perfeição humana
2 - Retidão nas ações
3 - Respeito aos semelhantes
4 - Amor pelos familiares
5 - Piedade com os enfermos
6 - Doçura com as crianças e mulheres
7 - Ser justo e valente na guerra e leal na paz


Código Yau-Man:

1 - Mostrar fidelidade e amizade;
2 - Ser pacífico e ter caráter;
3 - Inteligência, raciocínio, e disciplina;
4 - Auxiliar os fracos e combater os abusos;
5 - Não cobiçar fortuna e sexo.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O Cego e o Sol, por Su Tungp'o

Era uma vez um cego de nascença. Nunca tinha visto o sol e perguntava como ele era para as pessoas. Alguém lhe disse: “é como uma bandeja de latão”, e quando o cego, um dia, deu com uma bandeja pendurada, ouviu o som de metal e guardou-lhe como recordação do sol. Um dia, porém, tocaram sinos de bronze e o cego pensou que era o sol. Até que alguém lhe disse: “a luz do sol, na verdade, é como uma vela”. Um dia, o cego apalpou a vela e pensou que esta era a forma do sol. Assim, um dia encontrou um pedaço de bambu no chão e pensou tratar-se do sol. O Sol é muito diferente do sino ou do bambu, mas o cego não pode ver isso porque nunca viu o sol. Deus é muito mais difícil de ver do eu o sol, e por isso os homens são com o cego. Ainda que vocês façam comparações, exemplos e tratados, Deus será como o sol para o cego, parecido com uma bandeja, com um sino ou um bambu. Sempre imaginaremos uma coisa, esquecendo de outra. Assim, os homens se afastam cada vez mais da verdade, dando lhe aparências através de nomes. Todos estes enganos são tentativas de compreender Deus.

sábado, 18 de abril de 2009

Idéias Íntimas, pt XII, por Álvares de Azevedo

Aqui sobre esta mesa junto ao leito
Em caixa negra dois retratos guardo:
Não os profanem indiscretas vistas.
Eu beijo-os cada noite: neste exílio
Venero-os juntos e os prefiro unidos...
Se acaso um dia,
Na minha solidão me acharem morto,
Não os abra ninguém. Sobre meu peito
Lancem-os em meu túmulo. Mais doce
Será certo o dormir da noite negra
Tendo no peito essas imagens puras.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

por Orpheo

Quando vejo reluzente
Sua pele em minha mente
Tão pálida quanto nos livros

Quando vejo seu sorriso
O que não saiu no meu rabisco
Seus cabelos tão dourados

Quando vejo suas caras
Tantas quais já sei de cor
No momento em que te calas
É quando eu fico sem voz

Lembrança dos Quinze Anos, por Álvares de Azevedo

Nos meus quinze anos eu sofria tanto!
Agora enfim meu padecer descansa...
Minh'alma emudeceu, na noite dela
Adormeceu a pálida esperança!

Já não sinto ambições e se esvaíram
As vagas formas, a visão confusa
De meus dias de amor, nem doces voltam
Os sons aéreos da divina Musa!

Porventura é melhor as brandas fibras
Embotadas sentir nessa dormência...
E viver esta vida... e na modorra
Repousar-se na sombra da existência!

E que noites de sôfrego desejo!
Que pressentir de uma volúpia ardente!
Que noites de esperança e desespero!
E que fogo no sangue incandescente!

Minh'alma juvenil era uma lira
Que ao menor bafejar estremecia...
A triste decepção rompeu-lhe as cordas...
Só vibra num prelúdio d'agonia!

Quanto, quanto sonhei! como velava
Cheio de febre, ansioso de ternuras!
Como era virgem o meu lábio ardente!
A alma tão santa! as emoções tão puras!

Como o peito sedento palpitava
Ao roçar de um vestido, à voz divina
De uma pálida virgem! ao murmúrio
De uns passos de mulher pela campina!

E como t'esperei, anjo dos sonhos,
Ideal de mulher que me sorrias,
E me beijando nesta fronte pálida
A um mundo belo de ilusões me erguias!

O meu peito era um eco de murmúrios...
De delírio vivi como os insanos!
Nos meus quinze anos eu sofria tanto!
Ardi ao fogo dos primeiros anos!

Agora vivo no deserto d'alma...
Um mundo de saudade ali dormita...
Não o quero acordar... oh! não ressurjam
Aquelas sombras na minh'alma aflita!

Mas por que volves os teus olhos negros
Tão langues sobre mim? Ilná, suspiras?
Por que derramas tanto amor nos olhos?
Eu não posso te amar e tu deliras.

Também a aurora tem neblina e sombras,
E há vozes que emudece a desventura,
Há flores em botão que se desfolham,
E a alma também morre prematura.

Repousa no meu peito o meu passado,
Minh'alma adormeceu por um momento...
Sou a flor sem perfume em sol d'inverno...
Uma lousa que encerra? — o esquecimento!...

Não me fales de amor... um teu suspiro
Tantos sonhos no peito me desperta!...
Sinto-me reviver e como outrora
Beijo tremendo uma visão incerta...

Ah! quando as belas esperanças murcham
E o gênio dorme e a vida desencanta,
D'almas estéreis a ironia amarga
E a morte sobre os sonhos se levanta...

Embora fundo o sono do descrido
E o silêncio do peito e seu retiro...
Inda pode inflamar muitos amores
O sussurro de um lânguido suspiro!

-

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Line, por Orpheo

I wish it was for me when you gave every smile
I wish it was only for me that you cried
I wish I could find
I wish I could say
I wish I had something and enter your way

I wish you got sad when I was out of sight
I wish I could say: "Come on, dear, by my side"
Wish I was not alone
I wish I had you here
I wish my voice was the one you need hear

You know, my dear
How many words I wish I could say
I lost the count of the tears
Already slipped down from my face

'Cause all of the world
And all that we see
With all of the stars
I shine when you're 'round here

It's all in the ground
And that's what I've found
In all of my bounds
I need something up to sleeve

Go on, my dear
No have no pity my dear
I know you wish I was here
When the sun shows up

Take care, my dear
Of your heart don't let disappear
Your smile, your childish eyes
I know them all, love

You know, my dear
How many words I wish I could say
I've lost the count of the tears
Already slipped down from my face

'Cause all of the world
And all that we see
With all of the stars
I shine when you're 'round here

It's all in the ground
And that's what I've found
In all of my bounds
I need something up to sleeve

-

por Orpheo

sábado, 4 de abril de 2009

A História de Orfeu

Havia um reino onde existiam dois príncipes e uma princesa. Ambos os príncipes estavam chegando à idade de ir até a sala real de armamentos e escolher uma arma para si. O príncipe mais novo era um discípulo fiel de seu pai, e não via a hora de escolher a sua e ser considerado um guerreiro, ter um futuro brilhante. O mais velho se chamava Orfeu, e apenas deixava o tempo passar, quando finalmente chegou para ele a idade de escolher as suas armas.

Seu pai, bastante animado com a ocasião, começou a mostrar a Orfeu as mais belas e poderosas armas, mas Orfeu não se interessara por nenhuma. Foi tocando nas armas, mas ele sabia que nada o provocava curiosidade, até que ele achou um belo arco, com sua corda extremamente esticada. Seu pai teve esperança de que ele gostasse da arma, mas ao invés de procurar uma flecha e testá-lo, Orfeu puxou suavemente a corda e soltou, percebendo que isso ressoava. Repetiu, ao ponto que parecia uma melodia. Seu pai ficou extremamente decepcionado. Orfeu poderia ter qualquer arma que ele quisesse, ele tinha uma imensidão de oportunidades que seu pai lhe concedera, mas ao invés de pensar em seu futuro, estava ali tocando um arco.

Orfeu andou por várias terras diferentes, tendo já adaptado seu instrumento, que agora tinha várias cordas em tons diferentes, e por onde ele passasse ele tocava e deixava as pessoas encantadas com seu som. Ele salvou vilareijos de feras hipnotizando-as apenas com suas melodias. Até que um dia conheceu Eurídice, que o encantou ainda mais que o arco.

Orfeu e Eurídice... Era tudo perfeito demais. Passeavam nos bosques enquanto Orfeu tocava sua Lira, Eurídice sorria e dançava, seus cabelos compridos esvoaçavam ao vento, seus olhos brilhavam, e Orfeu a amava mais do que a própria vida. Num desses passeios, estavando eles prestes a se casar, Eurídice foi mordida por uma cobra venenosa e faleceu.

Orfeu quase cedeu à loucura, mas decidiu descer até os Infernos atrás de Eurídice. Chegando lá, se dirigiu a Hades, ou Plutão, que concordou deixá-la voltar com ele após ouví-lo tocar. Mas, fora isso, havia uma condição: Enquanto ele estivesse subindo para a superfície, ela estaria indo atrás dele, mas ele não poderia olhar para trás, senão perderia de vez sua amada, sem outra chance.
Orfeu concordou.

Foi sendo conduzido de volta à superfície por um guardião, mas quando estava prestes a chegar, num ato de esquecimento, virou-se para se certificar se sua amada estava ali. No mesmo momento ela evanesceu em sua frente, com um adeus. Orfeu tentou voltar, mas o guardião não o deixou, ele então passou vários dias às portas do Hades chorando e compondo tristes canções, sem comer nem dormir.

Manteve-se alheio às outras mulheres, constantemente entregue à lembrança de seu infortúnio. As donzelas trácias fizeram tudo para seduzí-lo, mas ele as repeliu. Elas o perseguiram enquanto puderam, mas, vendo-o insensível, certo dia, excitada pelos ritos de Dionísio (*Baco*), uma delas exclamou: "Ali está aquele que nos despreza!" e lançou-lhe seu dardo. A arma, mal chegou ao alcance do som da lira de Orfeu, caiu inerme aos seus pés.

O mesmo aconteceu com as pedras que lhe foram atiradas. As mulheres, porém, com sua gritaria, abafaram o som da música e Orfeu foi então atingido e, dentro em pouco, os projéteis estavam manchados de seu sangue. As furiosas mulheres despedaçaram o vate e atiraram sua lira e sua cabeça ao Rio Orfeu, pelo qual desceram ainda tocando e cantando a triste música, à qual as margens do rio respondiam com plangente sinfonia. As Musas ajuntaram os fragmentos do corpo de Orfeu e os enterraram em Limetra, onde, segundo se diz, o rouxinol canta sobre seu túmulo mais suavemente que em qualquer outra parte da Grécia.

-

por Orpheo
Kill I
don't care about my heart
Love I
stay there to show me love

Kill I
don't mind, then you can go
Stab I
will die loving you so

-

por Orpheo

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sem Título, por Charles Bukowski

"Se vai tentar
siga em frente.

Senão, nem comece!
Isso pode significar perder namoradas
esposas, família, trabalho...e talvez a cabeça.

Pode significar ficar sem comer por dias,
Pode significar congelar em um parque,
Pode significar cadeia,
Pode significar caçoadas, desolação...

A desolação é o presente
O resto é uma prova de sua paciência,
do quanto realmente quis fazer
E farei, apesar do menosprezo
E será melhor que qualquer coisa que possa imaginar.

Se vai tentar,
Vá em frente.
Não há outro sentimento como este
Ficará sozinho com os Deuses
E as noites serão quentes
Levará a vida com um sorriso perfeito
É a única coisa que vale a pena."

domingo, 29 de março de 2009

Shine

If my eyes saw something
Beyond what they see
Would you be less beautiful?
I don't believe at all

And if your smile was brighter
Would it shine of love?
Would I be beside you all?
Kissing at the falls

-

por Orpheo
"Procurei outras respostas, mas não encontrei nenhuma. Entre mil homens encontrei um que eu pudesse respeitar, mas entre as mulheres não achei nem uma." Ec 7:28

Essência

Eu sou um homem
Sou um anjo, um vampiro
Mas às vezes viro
Lobisomem

Sou caçador
Eu sou a caça
Sou um punhado
De fumaça

Eu sou o céu
Eu sou a lua
Eu sou em casa
Eu sou a rua

Eu sou a nuvem passageira
Eu sou a noite, a noite eterna
Uma neblina de poeira
Uma canção de uma taverna

Sou dos melhores o melhor
Eu fico cada vez pior
Minha espada já é cega
Nem minha pistola tem mira certa

Sou o sereno, da madrugada
Atrás da minha princesa encantada

Eu sou o vento
Eu tenho essência
Por isso é forte
Minha presença

Sempre estou longe, lá em cima
Ou estou perto, aqui em baixo
Mas nem as nuvens assim tão frias
Fascinam mais que o seu abraço

Minhas asas, tão cansadas
Já nem aparecem mais
E eu sento aqui perdido
Procurando minha paz

-

por Orpheo

Versos Brancos Sobre Você

A graça de uma elfa
Teu sorriso me arrebata
Andar nobre
Olhos que me encantam

E me deixam afogado
Sua presença é um choque
me deixa paralizado
Ao ponto que já não sei
de mais nada, nem eu mesmo
E o sorriso que não dei
foi porque não conseguia nem respirar

Sua voz vai como encanto
Acalmando a minha mente
Quando ouço o teu canto
Me sinto forte e contente

Não lembro se és a junção de meus sonhos
Ou se todos eles saíram de você
Te observo, que pele branca!
Como seus olhos são fáceis de ler

Eu te deixo se proteger
Nos meus braços aqui perto
Mas só chegue devagar
Pra que não pare o meu coração

Te acompanho, isso é certo
Te protejo aqui de perto
Eu me perco no teu olhar
Não deixe... Meu coração parar.

-

por Orpheo

Sacrifiquei Meu Amor Por Você

Sacrifiquei meu amor por você
Sacrifiquei meu amor por você

Eu te amei mais que tudo,
mas nos braços dele você quis caber

Sacrifiquei meu amor por você
Sacrifiquei meu amor por você

Eu olhava pra você,
mas era ele quem você queria ver

Sacrifiquei meu amor por você
Sacrifiquei meu amor por você

Só pra ver o seu sorriso,
a levei pra o encontrar

Eu amava você
Eu amava você

Os vi se abraçarem,
ao se beijar

Mas eu amava você,
Eu amava você

Sinto pontadas
no coração a os ver
Mas como a amava,
Sem me importar com o sofrer
Só pra ver teu sorriso

Sacrifiquei o meu amor por você.

-

por Orpheo

Quem Me Dera

Postando uns poemas antigos, meus.

-

Quem me dera ser
Quem você queria ter
Quem me dera ser
Livre pra te ter

Quem me dera poder
Voar até você
Quem me dera poder
Estar perto de você

Quem me dera poder
Ver de perto o teu sorriso
Quem me dera ouvir
Tua voz, o teu riso

Quem me dera estar
Com teu braço no meu
Quem me dera tocar
Tua mão, o rosto teu

Quem me dera cantar
Pra você, do meu amor
Quem me dera botar
Pra fora essa dor

Quem me dera ouvir
Tua voz, o teu canto
Quem me dera cair
Logo no teu encanto

Quem me dera olhar
Nos teus olhos brilhantes
Quem me dera ter
Minha foto na tua estante

Quem me dera sentir
Teu cheiro novamente
Quem me dera só ver
Teu sorriso contente

Quem me dera te levar
Pra onde você quiser
Quem me dera ser teu
Ser quem você quer

-

por Orpheo

quarta-feira, 25 de março de 2009

Sleep when I'm dead, you angels
I'll sleep when I'm dead, I said
Sleep when I'm dead, you angels
I'll sleep when I'm dead, I said
Sleep when I'm dead, you angels
But until then...

They told me I would live forever
If I kept it clean
They said I would be the chosen one
If I took one for the team
Yeah it's the only way to be
Never think it isn't fair
It's a green-eyed panic climb
To the edge of nowhere

Sleep when I'm dead, you angels
I'll sleep when I'm dead, I said
Sleep when I'm dead, you angels
I'll sleep when I'm dead, I said

-

The Cure - Sleep When I'm Dead

quarta-feira, 18 de março de 2009

A seven nation army couldn't hold me back.

segunda-feira, 16 de março de 2009

"She said 'Hold on',
It's one thing that I've known"

Morena

Álvares de Azevedo

É loucura, meu anjo, é loucura
Os amores por anjos... bem sei!
Foram sonhos, foi louca ternura
Esse amor que a teus pés derramei!

Quando a fronte requeima e delira,
Quando o lábio desbota de amor,
Quando as cordas rebentam na lira
Que palpita no seio ao cantor...

Quando a vida nas dores é morta,
Ter amores nos sonhos é crime?
E loucura: eu o sei! mas que importa?
Ai! morena! és tão bela!... perdi-me!

Quando tudo, na insônia do leito,
No delírio de amor devaneia
E no fundo do trêmulo peito
Fogo lento no sangue se ateia...

Quando a vida nos prantos se escoa
Não merece o amante perdão?
Ai! morena! és tão bela! perdoa!
Foi um sonho do meu coração!

Foi um sonho... não cores de pejo!
Foi um sonho tão puro!... ai de mim!
Mal gozei-lhe as frescuras de um beijo!
Ai! não cores, não cores assim!

Não suspires! por que suspirar?
Quando o vento num lírio soluça,
E desmaia no longo beijar,
E ofegante de amor se debruça...

Quando a vida lhe foge, lhe treme,
Pobre vida do seu coração,
Essa flor que o ouvira, que geme,
Não lhe dera no seio o perdão?

Mas não cores! se queres, afogo
No meu seio o fogoso anelar!
Calarei meus suspiros de fogo
E esse amor que me há de matar!

Morrerei, ó morena, em segredo!
Um perdido na terra sou eu!
Ai! teu sonho não morra tão cedo
Como a vida em meu peito morreu!

-

sexta-feira, 13 de março de 2009

"You've learnt to hate me
But you still call me baby
Oh love, call me by my name."

quinta-feira, 12 de março de 2009

-

O sino bate
Sete vezes
Completando nove
O mundo se move lentamente
Me parece

Fora, uma cão late
No calendário passam os meses
Isso me comove
A forma muda, de repente
O vento sopra, calafrio

Meu Deus, que frio!
Não de fora, mas de mim
O sangue escorre como em rios
Tom vermelho em cetim

Mas eu rio!
Não sei porque, fora de mim
Tantas noites, quase mil
O que será, enfim?

Espelhos quebram
Ao refletir
Na janela aberta
Por onde há de sair
Não movo um músculo
Só posso assistir

Há pelo em toda parte
Eu só corro, só corro
O vento me bate
Eles pedem socorro

Onde acaba
Tudo
Enfim

-

por Orpheo

terça-feira, 10 de março de 2009

-

Humanamente perfeito
Com sangue no rosto
E na boca o gosto
Do seu pior defeito
Sua mão no pescoço
E o frio em seu peito.

-

por Orpheo
Pálida Imagem (Álvares de Azevedo)

No delírio da ardente mocidade
Por tua imagem pálida vivi!
A flor do coração no amor dos anjos
Orvalhei-a por ti!

O expirar de teu canto lamentoso
Sobre teus lábios que o palor cobria,
Minhas noites de lágrimas ardentes
E de sonhos enchia!

Foi por ti que eu pensei que a vida inteira
Não valia uma lágrima... sequer,
Senão num beijo trêmulo de noite...
Num olhar de mulher!

Mesmo nas horas de um amor insano,
Quando em meus braços outro seio ardia,
A tua imagem pálida passando
A minh'alma perdia.

Sempre e sempre teu rosto! douradas tranças,
Tua alma nos teus olhos se expandindo!
E o colo de cetim que pulsa e geme
E teus lábios sorrindo!

Nas longas horas do sonhar da noite
No teu peito eu sonhava que dormia;
Pousa em meu coração a mão de neve...
Treme... como tremia.

Como palpita agora se afogando
Na morna languidez do teu olhar...
Assim viveu e morrerá sonhando
Em teus seios amar!

Se a vida é lírio que a paixão desflora,
Meu lírio virginal eu conservei...
Somente no passado tive sonhos
E outrora nunca amei!

Foi por ti que na ardente mocidade
Por uma imagem pálida vivi!
E a flor do coração no amor dos anjos
Orvalhei... só por ti!

-

sábado, 7 de março de 2009

Três coisas

Eram três coisas: Bolos (fora todas as comidas estranhas), sushi (fora o meu cheddar roubado), e morangos (fora tudo o que eu neguei). Cada um com suas histórias.

Houve o começo, onde tudo era mágico, e eu era diferente, quase outra pessoa. Eu ficava sentado no enorme e antigo sofá no canto da sala de TV, que era estranha (como tudo mais), mas era confortável e feliz. Assistíamos nossas coisas estranhas, ela saía para a cozinha (também muito estranha por sinal).

Se ouvia algo do tipo "Mãe, onde tá a luva?!". Eu nem prestava mais atenção à TV, ficava apenas ouvindo o som meio atrapalhado que ela fazia enquanto mexia nas panelas, eu a esperava sozinho na sala (nunca conseguimos uma desculpa, né? - aliás, nunca conseguimos nada além de uma desculpa).

Nunca fui de falar muito, e ela chegava sorridente e com os olhos brilhando (ah, aquele sorriso e aqueles olhos...), segurando nas mãos um prato com um bolo recém-feito. Havia uma mesa de madeira com bancos de madeira, onde ela partia o bolo. Nem estava tão bom, mas eu sempre elogiava. Ela se levantava e ia à procura de mais coisas estranhas para me mostrar. Eu via todas elas. Nunca vou esquecer dos bolos, os cachorros-quentes, o seu riso e o seu rosto enquanto sorria ou mesmo séria, enquanto eu mexia na sua guitarra desafinada.

Houve o tempo social, no qual descobri muita coisa falsa. Era outro ambiente, outras pessoas. Nunca largávamos a sinuca, não porque gostássemos, mas dava um certo enfeite à imagem de um garoto, jogar sinuca à fumaça de um cigarro (que era, na verdade, mais que um cigarro).

Esse foi o tempo de garotas belíssimas em nossos (nesse tempo haviam amigos) colos, onde estivéssemos haviam sempre duas vezes mais garotas. Eu só me interessava por uma - a errada (que depois encontrei numa cena quase pornográfica com um dos meus melhores amigos, que depois descobri não existirem). Mas ainda não era ela. Só depois da triste desilusão percebí que quem eu procurava sempre havia estado comigo, e ria das minhas piadas.

A casa dela era sempre familiar, e toda vez que ela falava eu tinha vontade de abraçá-la. Passamos vários dias inteiros trancados em seu quarto, e de vez em quando ela surtava por sushi. Era tudo tão simples e fácil. Eu não fazia idéia de quanta falta sentiria das suas crises, e de quando ela agarrava meu braço e cochilava em meu ombro.

E em seguida (mas não tão próximo) veio o tempo das sextas-feiras cansadas, em que chegava em casa com preguiça de tirar a barba (embora já estivesse ridícula) e ficava ouvindo Beatles, escrevendo poemas sem parar. Também foi nesse tempo que o resto da minha vida se complicou, e eu sabia que iria, mas isto não vem ao caso agora.

Esse foi um tempo do qual não tenho muito o que falar, embora tenha sido marcante e determinante. Ela achava minhas palavras bonitas, e eu amava vê-la feliz. Sempre gostei do sorriso dela, e descobri que, de uma forma diferente, éramos exatamente iguais. Houve amor, música, pena, decisóes( talvez passividade) e campos de morangos. Para sempre (ela não riu da piada. Da piada disso, da piada de tudo).

-

por Orpheo

terça-feira, 3 de março de 2009

Adeus, Meus Sonhos! (Álvares de Azevedo)

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! Votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já não vejo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!

-
Marcas como fendas em meu peito
Mesmo aqui, eu não fui feito
Pra ficar e não lutar

Gotas caem tristes no silêncio
Um segundo é muito extenso
E eu me perco em meu pesar

Portas e janelas que se abrem
Assim como os outros fazem
Pra deixar a luz entrar

Corro sozinho nessas ruas molhadas
As mesmas nas quais em outras datas
Ela andava pra me ver

Secretamente toco as nuvens frias
Lembro quando me dizias
Que iria aprender a voar

Entre todos os meus apegos
Era você o de maior peso
O brilho no seu olhar

Enquanto corro
E falo
Vejo seu rosto
E grito
Estou tão longe
De mim
Estou mais perto
Do fim

-

por Orpheo

sábado, 28 de fevereiro de 2009

-

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vida é algo que nunca me serviu de nada.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

I won't try to bring you down about my suicide
Got no need to bring you out about my big surprise
I won't try to pull you down about my love of life
If you promise not to sing about the reasons why

In the darkness for a second
I am sure I see them smiling then
I feel them calling me
Yeah they are calling me...

I am calling you at midnight
Feeling alright...can I tell you then?
On the line no sound but my words

Must be night birds on the wire again
In the silence for a second
I am sure I hear them laughing then
I feel them calling me

"We know"
They said
"In letting go
Of fear and dread
And all you know

You'll lose the need of certainty
And make-believe eternity
To find the true reality
In beautiful infinity...."
Yeah they are calling me...

-

Reasons Why - The Cure
"One more day like today and I'll kill you
A desire for flesh
And real blood
I'll watch you drown in the shower
Pushing my life through your open eyes

I must fight this sickness
Find a cure
I must fight this sickness..."
Sirensong.
"É ilusão, é ilusão. Tudo é ilusão. A gente gasta a vida trabalhando, se esforçando e afinal que vantagem leva com tudo isso? Pessoas nascem, pessoas morrem, mas o mundo continua sempre o mesmo. O sol continua a nascer, e a se pôr, e volta ao seu lugar para começar tudo outra vez. O vento sopra para o sul, depois para o norte, dá voltas e mais voltas e acaba no mesmo lugar. Todos os rios correm para o mar, porém o mar não fica cheio. A água volta para onde nascem os rios, e tudo começa outra vez.

Todas as coisa levam a gente ao cansaço - um cansaço tão grande, que nem dá pra contar. Os nossos olhos não se cansam de ver, nem nossos ouvidos, de ouvir. O que foi feito antes será feito novamente. Não há nada de novo neste mundo."

por Salomão, Bíblia, em Eclesiastes 1:2-9
Ando evitando meus sonhos
Intermináveis desejos estranhos
Evito esses desejos
Pois em todos há você
Em todos há seus beijos
Algo que é melhor esquecer

Ando forçando os meus sonhos
Forçando-os a evanescer
Cada vez fica mais medonho
Tudo que me liga a você
Cada vez fica mais difícil
Te esquecer

Ando evitando meus sonhos e desejos
Pois em todos eles há você

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Eu era um garoto esperto
Mergulhando fundo por moedas
Vendo seus olhos apertados
Nos meus álbuns e figuras

Então eles chegaram
Eu cortei meu cabelo de criança
Você me roubou um mapa dobrado
E eu procurei por você em toda parte

Eu te encontrei,
Pássaro sem vôo? Ciumenta, chorando
Ou te perdi?
Boca americana, cartazes flutuando

Agora sou um gato caseiro gordo
Amaldiçoando minha lingua machucada
Vendo os ratos
Beijando fotos suas
Jogadas no meu frio e bagunçado armário

Eu te encontrei,
Pássaro sem vôo? Sangrando
Ou te perdi?
Boca americana
Com seus pôsteres afundando

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Flightless Bird. American Mouth - Iron & Wine

sábado, 14 de fevereiro de 2009

-

Me perdoe, então, mestre
Pois ainda não sou sábio
E as besteiras que eu falo
Ecoam no meu pesar

-

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

-

Rosto lupino
Reflete no espelho, sozinho
E à meia-noite ouve o sino
O espelho quebra num estalo
A janela está aberta
Por onde entra a chuva fraca
Ele sabe que agora a noite é certa

Rosto lupino
Não se canse de correr
Pois um dia vais morrer
Numa luta, seu final
E não deixe ninguém ver
Rosto lupino, só você
Me acompanha como igual

Pois no escuro não estou só
e o frio não preocupa mais
Embora a fome fique maior
Eu entendo os seus sinais
Como dois dentro de um só

-

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

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Quando as feras invadem
E o sol adormece
Quando fico selvagem
E a fome enlouquece
Os lobos dançam à margem
Da minha visão que estremece

-
-

A domadora de leões
Que entra em cena para a platéia
Com seu chicote e seus torrões
E nossas passadas mazelas

-

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

-

"And if the sun comes up will it tear the skin right off our bones
And then as razor sharp white teeth rip out our necks I saw you there
Someone get me to the doctor, someone get me to a church
Where they can pump this venom gaping hole
And you must keep your soul like a secret in your throat
And if they come and get me
You put the spike in my heart

And now the nightclub set the stage for this they come in pairs she said
We'll shoot back holy water like cheap whiskey they're always there
Someone get me to the doctor, and someone call the nurse
And someone buy me roses, and someone burned the church
We're hanging out with corpses, and driving in this hearse
And someone save my soul tonight, please save my soul

(And as always, innocent like roller coasters.
Fatality is like ghosts in snow and you have no idea what you're up against
because I've seen what they look like.
Becoming perfect as if they were sterling silver chainsaws going cascading...)

And if they get me when the sun comes down,
Will you stake my heart?

I'll never let them hurt you, I promise."
-

sábado, 7 de fevereiro de 2009

"Look for my heart - I've left it with you."

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Ainda há esperança?
Rapid hope gain(loss).
-

Eu sei que não é sobre mim, amor
Não se preocupe com isso
Os dias seguem, meu amor
Não se preocupe com isso

-
-

It'll Be Okay

You must have a lot of boys here
Just like me
All loosing their minds for you
Completely
I would say you that I love you
Tell me how
Give me a chance just to show you
What I feel now

You know, I can feel your smile
Like a sunshine
You can make me feel the happiest
I don't know why
When you get close I get better
I get okay
You can keep me enchanted just by
What you say

Just try, and it'll be okay
Because I don't have gut to do
You'll be mine
And I'll be yours
It'll be like the heaven for us two

You would tell me how you do this way
I would say you "I love you" everyday
I'll take you wherever you want to
I'll give my heart just to you

Just try, and it'll be okay
Because I don't have gut to do
You'll be mine
And I'll be yours
It'll be like the heaven for us two

-

por Orpheo
Uma música "antiga" minha, na verdade aqui só coloco poemas.
-

Meu melhor amigo me chamou outra noite
Ele disse: "Cara, você é doido."
Minha garota me disse pra cuidar da vida
Ela disse: "Garoto, você é preguiçoso"

Mas eu não ligo
Contanto que haja uma cama abaixo das estrelas
Eu vou ficar bem
Se você me der um minuto
Homens têm um limite
Eu não posso ganhar a vida se meu coração não está nisso

Eu acho... Que só sou preguiçoso.

-

The Importance of Being Idle - Oasis
E você sabe
o quanto lutei
pra ficar com você?

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

-
Não sou um cara muito laranja. Sou algo mais pra cinza, ou verde. Houve um tempo que eu era azul, no começo de tudo. Lembro também do meu tempo de vermelho.
Nunca fui muito amarelo também, sempre me passou estresse. O branco sempre foi muito vazio.
Azul pra mim era uma constante, era absoluto, era paz e harmonia.
Vermelho... O vermelho veio de um jeito estranho. Vermelho era poder, força, vigor, vida. Me fazia sentir o fogo. Poderoso, invencível.
Houve até um certo tempo em que fui preto, pela ausência de cor.
Então veio o verde, verde de mata, floresta, estrada. O verde que me lembrava terra, energia, e o verde que me deixou ainda mais forte que o vermelho.
O cinza veio talvez pela mistura de todos, mas tem um toque fantasmagórico. O cinza é paz (ou ausência de conflito), é absoluto e calmo. Mas ao mesmo tempo é poder, de forma diferente. Um poder calmo e sem agonia, um poder que tem suas horas de se mostrar. Um poder invencível mas pacífico. Um poder intocável, gracioso e gentil. Embora haja menos vida, o que lembra um pouco o preto. O cinza tem sido também energia, mesmo que haja menos vida, e mais solidão. O cinza explode minhas energias nas horas necessárias, mas me dá o auto-controle. O cinza lembra neblina, onde há muito escondido.

sábado, 31 de janeiro de 2009

-

Qualcuno ha una spada nel mio petto
Ma era un angelo che passa
E con la sua spada di fuoco
Spruzzato mio nemico
E atteso per me la cura

L'angelo mi ha dato la sua spada
E mi ha detto di seguire
Nonostante la vita mi ha portato
Per essere forte e resistere

L'angelo disse: "Vai piano!"
E sapendo tutto questo terra
Ben presto si
Quale sarà questa guerra

L'angelo è andato
Ma ho lasciato la tua spada
Addio angelo mio
Un giorno

-
-

Não há canção que expresse minha dor
Não há lição que afaste meu torpor
Nada que alguém possa dizer que vá mudar algo em mim
Nada que eu possa enteder que acabe com esse cansaço sem fim

Não há canção que expresse minha dor
Não há canção que expresse minha dor
Não há explicação que expresse minha dor
E a vontade que tudo isso tenha fim

Eu não quero, eu não tenho vontade
Eu me mato a pensar na saudade
Eu me perco cada vez mais em minha solidão
Eu tentei, mas me perdi na imensidão

Não há canção que expresse minha dor
Não há canção que expresse minha dor
Estou só aqui agora, meu amor
E não há nada que dê fim a essa dor

Não há mais esperança, minha querida
Não há mais esperança, minha querida
O mundo mudou e me cuspiu
E tudo só abre mais essa ferida

Eu sinto sangrar, bem dentro de mim
Eu sinto ela aberta ardendo em minha alma
Mas não quero fazer nada, deixa essa dor ter fim
Nada me motiva a mudar, vou morrer em minha calma

Há muito tempo deliro, faço coisas sem querer
Certo de que estou ficando louco, na minha solidão, no meu sofrer
Mas eu declaro, e que o mundo me ouça
Vou morrer pra não me sentir tão inútil
Pois o que Deus mandou eu não pude cumprir
Que ele perdoe minha vida fútil
E que me faça, pelo menos no fim, de verdade sorrir
Depois de eu ter suportado por tanto tempo existir

Não há canção que expresse minha dor
Não há loucura que expresse minha dor
Eu já estou perdido demais, meu amor
E não há mais nada que cure essa dor
Não apareceu ninguém pra me salvar (ou dizer: "Tá tudo bem.")
Vou esperar meu coração parar

Não há canção que expresse minha dor

-
-

Não ando só porque não ando
Eu me encolho de dor
Não saio por ai falando
Que eu me encolho de dor
Mas continuo aqui só
Me enconlhendo de dor

Eu apago noite adentro
Me contorcendo de dor
E eu só choro aqui sozinho
Me contorcendo de dor
Tento trilhar o meu caminho
Mas me contorço de dor

Tento dançar alegremente
Mas me retorço de dor
Olho pra toda essa gente
E me retorço de dor
Tento me levantar mas estou dormente
E me retorcendo de dor.

-
-
Os dentes corroem
A pele que cortam
E o frio me entorta
De medo ou de dor

Cena de histeria
Em plena agonia
Eu sinto alegria
Eu sinto torpor

Eu sinto meu sangue
Correndo nas veias
Eu vou noite a dentro
No meu cobertor.

-
Pelo jeito ai vem vindo uma leva de poemas depressivos. Que importa? Essa merda é minha mesmo.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

- Pra te proteger de vampiros?
- Pra me proteger de mim mesmo.

sábado, 17 de janeiro de 2009

-

S'exprimant sur les défauts
Permettez-moi de vous dire que
La lune n'est pas si grand
Le soleil nous fait pas si mal
Je viens de satisfaction dans le sang
Avec le temps, tout est égal

S'exprimant sur les défauts
Permettez-moi de vous dire que
Les nuits sont solitaires
Même si les jours aussi
Tout est juste des histoires
De quelqu'un d'essayer d'aller au-delà

S'exprimant sur les défauts
Permettez-moi de vous dire que
Je n'ai pas la peau froide
Mais je ne suis pas en vie, mon cher

-
Maybe you 're goin' out
Maybe I was betrayed
Maybe it has no sound
Maybe I'm just insane

Maybe I could tell you now
Or maybe everything's well
Maybe you'll never know
Maybe I'll can never tell

Maybe it finally ends
And I've spilled my life like juice
Maybe the way it tends
I have much more to construct

Maybe the wind blows
And take my breath away
Maybe I'll see how cold
I've become day after day

-

E talvez eu volte a postar aqui.