quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

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Não sou um cara muito laranja. Sou algo mais pra cinza, ou verde. Houve um tempo que eu era azul, no começo de tudo. Lembro também do meu tempo de vermelho.
Nunca fui muito amarelo também, sempre me passou estresse. O branco sempre foi muito vazio.
Azul pra mim era uma constante, era absoluto, era paz e harmonia.
Vermelho... O vermelho veio de um jeito estranho. Vermelho era poder, força, vigor, vida. Me fazia sentir o fogo. Poderoso, invencível.
Houve até um certo tempo em que fui preto, pela ausência de cor.
Então veio o verde, verde de mata, floresta, estrada. O verde que me lembrava terra, energia, e o verde que me deixou ainda mais forte que o vermelho.
O cinza veio talvez pela mistura de todos, mas tem um toque fantasmagórico. O cinza é paz (ou ausência de conflito), é absoluto e calmo. Mas ao mesmo tempo é poder, de forma diferente. Um poder calmo e sem agonia, um poder que tem suas horas de se mostrar. Um poder invencível mas pacífico. Um poder intocável, gracioso e gentil. Embora haja menos vida, o que lembra um pouco o preto. O cinza tem sido também energia, mesmo que haja menos vida, e mais solidão. O cinza explode minhas energias nas horas necessárias, mas me dá o auto-controle. O cinza lembra neblina, onde há muito escondido.