quinta-feira, 12 de março de 2009

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O sino bate
Sete vezes
Completando nove
O mundo se move lentamente
Me parece

Fora, uma cão late
No calendário passam os meses
Isso me comove
A forma muda, de repente
O vento sopra, calafrio

Meu Deus, que frio!
Não de fora, mas de mim
O sangue escorre como em rios
Tom vermelho em cetim

Mas eu rio!
Não sei porque, fora de mim
Tantas noites, quase mil
O que será, enfim?

Espelhos quebram
Ao refletir
Na janela aberta
Por onde há de sair
Não movo um músculo
Só posso assistir

Há pelo em toda parte
Eu só corro, só corro
O vento me bate
Eles pedem socorro

Onde acaba
Tudo
Enfim

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por Orpheo

Um comentário:

Fernando de M. Cadête Segundo disse...

Ei massa essa poesia, como todo esse blog. Gostei muito neto e vou tomar a liberdade de publicar alguns poemas em meu blog, com seu nome e sua propaganda, claro.