terça-feira, 3 de março de 2009

Marcas como fendas em meu peito
Mesmo aqui, eu não fui feito
Pra ficar e não lutar

Gotas caem tristes no silêncio
Um segundo é muito extenso
E eu me perco em meu pesar

Portas e janelas que se abrem
Assim como os outros fazem
Pra deixar a luz entrar

Corro sozinho nessas ruas molhadas
As mesmas nas quais em outras datas
Ela andava pra me ver

Secretamente toco as nuvens frias
Lembro quando me dizias
Que iria aprender a voar

Entre todos os meus apegos
Era você o de maior peso
O brilho no seu olhar

Enquanto corro
E falo
Vejo seu rosto
E grito
Estou tão longe
De mim
Estou mais perto
Do fim

-

por Orpheo

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