segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sonho

Que saudade
A poesia
Cobre a noite
Numa chama
Como açoite,
Que me vem embebedar

Quando a corda,
como luva
Tal qual harpa,
entona turva,
E o meu dedo
faz a força me jogar

Já me laço,
minha fada
Já me visto,
em minha farda
E mais nada
há que possa me alcançar.

Minha fada,
ai quão quente
Como o fogo,
cai dormente
Minha alma,
ao ouvir-te suspirar.

Pois o fogo
engole a noite
E me enche
de açoite
Quando só na cama
passo a delirar.

Sejas fria
desse jeito,
Ignore
este sujeito
Só assim
tenho motivos pra sonhar

Sonhar convosco,
sigo, ponho
Em sua rua
sigo o sonho,
Seu portão
à sua cama num piscar.

-

Um comentário:

Hugo César disse...

Como os jovens sonham ainda sonham! Gostei do poema, em especial das estrofes 3 e 6. Ficaram muito boas! vamos vestir nossas fardas(mascaras) e alimentar nossos sonhos!